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3 fatos sobre a Mielopatia Cervical

Data: 28 de fevereiro de 2022  

📌  A mielopatia cervical é caracterizada pela compressão da medula espinhal na coluna cervical. 

A condição pode ser causada pela degeneração da coluna, que pode diminuir o espaço que a medula ocupa no canal vertebral, dificultando progressivamente a passagem dos sinais nervosos do cérebro para o corpo e vice-versa, causando perda de força, alterações de sensibilidade, dificuldade para andar e para segurar objetos, perda de controle da bexiga e, consequentemente, limitações severas e progressivas para as atividades cotidianas.

O tratamento de mielopatia cervical pode ser iniciado de forma convencional com fisioterapia e colar cervical.
No entanto, nos casos refratários ao tratamento clínico ou na iminência de déficits neurológicos, a cirurgia pode ser indicada para realmente descomprimir a medula espinhal e evitar o agravamento da condição e tentar recuperar as funções neurológicas.
 
👉   Um dos principais procedimentos cirúrgicos indicados é a descompressão da coluna com artrodese/fusão espinhal. A cirurgia visa abrir espaço para que a medula espinhal possa transmitir os sinais nervosos, para que possa voltar a receber nutrientes adequadamente através da circulação sanguínea, além de estabilizar a coluna vertebral, melhorando as deformidades que muitas vezes causam também dores severas.

🚩  Vale lembrar que a indicação do procedimento cirúrgico específico deve ser feita de acordo com o diagnóstico e estudos do neurocirurgião.

O acesso cirúrgico é escolhido pelo neurocirurgião a depender das características do paciente, de suas comorbidades, de onde existem os pontos de compressão medular, podendo ser realizada pela frente, por trás, ou mesmo em duas etapas, abordando-se ambas as faces da coluna cervical.

O procedimento cirúrgico é realizado com uso de radioscopia (espécie de filmagem com raios X), com uso de microscópio cirúrgico (que amplia múltiplas vezes a visão do neurocirurgião) e de monitorização neurofisiológica intraoperatória (que demonstra em tempo real a função da medula espinhal e dos nervos).

Estas tecnologias, aliadas ao conhecimento anatômico, ao treinamento microcirúrgico e a experiência do neurocirurgião são fundamentais na segurança do procedimento.

🎯  Fonte: Johns Hopkins Medicine
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