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Data: 29 de março de 2021
“É perigoso?” Esta é a primeira preocupação do paciente que recebe o diagnóstico de adenoma hipofisário - um tumor raro e benigno da hipófise. Apesar de não ser maligno (câncer), quando não tratado corretamente pode causar um grande impacto na qualidade de vida devido aos seus efeitos na hipófise - glândula que comanda todos os hormônios do nosso organismo - e até aumentar a taxa de mortalidade.
Leia mais e entenda sobre essa condição que pode atingir homens e mulheres em qualquer idade!
Esses tumores se desenvolvem quando as mutações no DNA fazem com que as células da hipófise cresçam e se dividam de maneira descontrolada. A maioria não causa sintomas e não requer tratamento.
No entanto, nos casos em que há secreção de hormônios, por exemplo, na doença de Cushing ou acromegalia, o paciente pode sentir:
▶️Cansaço
▶️Dores de cabeça
▶️Vômito
▶️Tontura
▶️Problemas de visão
▶️Náusea
▶️Mudanças menstruais ou mamárias
▶️Perda ou crescimento inexplicável de cabelo
🚨Existem ainda tumores que crescem continuamente, e apesar de não serem produtores de hormônios podem comprimir a hipófise normal, causando diminuição da produção de hormônios e também podendo comprimir os nervos ópticos, causando alterações visuais, principalmente no caso de lesões maiores que 10mm.
Classificamos os Adenomas entre outras coisas segundo o seu tamanho:
- abaixo de 10mm são chamados de microadenomas
- maiores que 10mm são chamados de macroadenomas
Há três linhas de tratamento: - medicamento para interromper o crescimento e a produção excessiva de hormônios;
- radioterapia para destruir o tumor quando a cirurgia não for uma opção - cirurgia para remoção do tumor.
Conforme preconiza a American Cancer Society, os fatores que direcionam para o melhor método são:
🔹 Se cresceu invadindo ou comprimindo estruturas próximas, como vasos sanguíneos do crânio.
🔹Se está provocando sintomas como alterações na visão.
🔹Se causa ou não alterações na produção de hormônios
🔹Que tipo de hormônio libera ou é alterado por ele.
Vale reforçar que a cirurgia minimamente invasiva é a forma mais eficaz e segura de obter a cura definitiva, geralmente através da abordagem transesfenoidal endoscópica – com o auxílio de uma pequena câmera e instrumentos cirúrgicos precisos, conseguimos entrar pelas narinas e remover o tumor.
Com esse método é possível reduzir o trauma ao tecido ao redor da hipófise e oferecer uma recuperação mais rápida com menos dor e desconforto para o paciente.