Publicações
Biópsia estereotáxica cerebral
A biópsia cerebral estereotáxica é um procedimento habitual que permite o diagnóstico de uma lesão a partir de amostras de tecido cerebral. As doenças mais comuns que podem ser identificadas são tumores, infecção (por exemplo, abscesso), inflamação, como encefalite, esclerose múltipla ou ainda uma doença neurodegenerativa, como doença de Alzheimer. A técnica ainda pode ajudar na detecção de lesões que não requerem tratamento cirúrgico para que assim possamos recomendar outras terapias adequadas.
Uma biópsia estereotáxica é um procedimento minimamente invasivo que usa a tecnologia de imagem 3D, e dados de tomografias e ressonâncias magnéticas, para retirar uma pequena amostra de um tumor ou uma parte doente do cérebro para que possam ser feitos testes laboratoriais.
Apesar de todos os esforços e de toda a evolução das técnicas e equipamentos utilizados nas cirurgias no cérebro, ainda existem riscos de complicações, sendo que nas biópsias estereotáxicas, por se tratarem de técnica minimamente invasiva (ou seja, com menos exposição do cérebro e também menos lesão dos tecidos que o protegem - couro cabeludo, crânio e meninges) o risco de complicações é menor do que em biópsias abertas.
Realizada em sala de cirurgia, a técnica geralmente é concluída em menos de uma hora, podendo ser feita inclusive com anestesia local, dependendo do caso. As complicações são raras, mas todos os procedimentos cirúrgicos apresentam algum tipo de risco. Os pacientes permanecem internados no hospital para serem monitorados após o procedimento, mas o tempo de internação é bastante reduzido em relação a uma neurocirurgia convencional. Uma avaliação de imagem - geralmente uma tomografia computadorizada de crânio - pode ser feita para garantir que não haja inflamação ou sangramento no local da biópsia.