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Data: 02 de agosto de 2021

Muitas pessoas ficam surpresas e têm curiosidade em saber como é possível operar o cérebro com o paciente acordado. A pergunta frequente é: Por que a cirurgia tem que ser feita dessa forma? 

O procedimento cirúrgico do cérebro em estado de alerta, ou seja com o paciente totalmente acordado, é realizado nos casos em que a lesão cerebral a ser ressecada cirurgicamente está próxima a regiões do cérebro que controlam a linguagem, a cognição, as sensações, e eventualmente os movimentos do corpo. O nosso objetivo é mapear com precisão áreas importantes do cérebro a serem evitadas durante a cirurgia, a fim de proteger estas funções neurológicas fundamentais, ao mesmo tempo que possamos retirar o máximo possível da lesão. 

►Antes de removermos qualquer tecido cerebral, a área ao redor do tumor é testada quanto ao seu papel nas funções cerebrais críticas. Faz parte da técnica realizar a monitorização neurofisiológica intraoperatória com eletrodos corticais cerebrais, bem como pedir aos pacientes para fazer várias tarefas enquanto partes específicas do cérebro são estimuladas, inclusive respondendo a diversas perguntas. Dessa forma, é possível remover o máximo possível da lesão, preservando funções cerebrais críticas e evitando sequelas. 

Saiba que a cirurgia do cérebro acordado só é possível porque não há receptores de dor no próprio cérebro. O couro cabeludo e a meninge ficam anestesiados, logo o paciente não sente qualquer dor. 

O tipo de lesão cerebral na qual essa técnica é mais frequentemente utilizada são os tumores cerebrais, em especial nos Gliomas. 

Fonte: UCSF Health – Brain Tumor Center
 
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