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O tronco encefálico (cerebral) conecta o cérebro à medula espinhal. É a parte mais baixa do cérebro, localizada acima da parte de trás do pescoço. Essa região abriga as funções que nos mantém conscientes e vivos, sendo responsáveis pelo controle da respiração, dos batimentos cardíacos e do estado de vigília. Neste post, vamos entender os riscos das cirurgias do tronco encefálico.

O tronco cerebral contém feixes nervosos longos que transportam sinais para o controle de músculos e sensações. Todos os núcleos do nervo craniano, exceto aqueles associados ao olfato e visão, estão situados nessa área, fornecendo função motora e sensorial às estruturas do crânio, incluindo músculos faciais, músculos que movimentam os olhos, língua, faringe e laringe, além de suprir os sentidos de gosto, equilíbrio e audição.  

Devido às importantes estruturas neurais concentradas nessa pequena porção do sistema nervoso, mesmo lesões muito pequenas podem ter efeitos profundos. Distúrbios da fala, consciência anormal, disfagia e distúrbios respiratórios são alguns exemplos de possíveis resultados de traumas, tumores, derrames e infecções.

Sabe-se que 10% de todos os tumores pediátricos e 5% de todas as anomalias vasculares ocorrem no tronco cerebral, e apesar de os avanços recentes em imagens, microscopia, anestesia e técnicas operatórias terem expandido o paradigma de tratamento para essa região mais expressiva do cérebro, geralmente é muito difícil remover por completo os tumores dessa área com cirurgia.

Dependendo da localização do tumor ou do risco envolvido, a cirurgia pode ser desconsiderada e nesses casos, chamamos o tumor de inoperável. Outras opções de tratamento, como radioterapia e quimioterapia, são as alternativas.