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Cistos Aracnoides
Data: 08 de outubro de 2020
Os cistos aracnoides são o tipo mais comum de cisto cerebral. Frequentemente, são congênitos ou estão presentes ao nascimento (cistos aracnoides primários). Lesão na cabeça ou trauma também podem resultar em um cisto aracnoide secundário. Os cistos são sacos cheios de líquido, não tumores.
A causa provável é uma divisão da membrana aracnoide, uma das três camadas de tecido (meninges) que circundam e protegem o cérebro e a medula espinhal.
Eles geralmente contêm líquido claro e incolor que é provavelmente líquido cefalorraquidiano normal, e raramente, eles contêm líquido xantocrômico.
A maioria são anomalias de desenvolvimento (cistos aracnoides primários), sendo que um pequeno número de cistos de aracnoide é adquirido, como aqueles que ocorrem em associação com neoplasias ou aqueles resultantes de aderências que ocorrem em associação com leptomeningite, hemorragia ou cirurgia.
Eles constituem aproximadamente 1% das lesões expansivas intracranianas, sendo que 50 a 60% ocorrem na fossa média craniana. Cistos na fossa craniana média são encontrados com mais frequência em homens do que em mulheres, ocorrendo predominantemente no lado esquerdo. A maioria surge como anomalias de desenvolvimento. Um pequeno número de cistos aracnoides está associado a neoplasias.
Alguns cistos aracnoides nunca representam um problema, mas outros podem começar a crescer e acumular líquido, comprimindo as estruturas cerebrais e causando sintomas. Dependendo do tamanho e localização do cisto aracnoide, os sintomas podem incluir:
Os cistos aracnoides são o tipo mais comum de cisto cerebral. Frequentemente, são congênitos ou estão presentes ao nascimento (cistos aracnoides primários). Lesão na cabeça ou trauma também podem resultar em um cisto aracnoide secundário. Os cistos são sacos cheios de líquido, não tumores.
A causa provável é uma divisão da membrana aracnoide, uma das três camadas de tecido (meninges) que circundam e protegem o cérebro e a medula espinhal.
Eles geralmente contêm líquido claro e incolor que é provavelmente líquido cefalorraquidiano normal, e raramente, eles contêm líquido xantocrômico.
A maioria são anomalias de desenvolvimento (cistos aracnoides primários), sendo que um pequeno número de cistos de aracnoide é adquirido, como aqueles que ocorrem em associação com neoplasias ou aqueles resultantes de aderências que ocorrem em associação com leptomeningite, hemorragia ou cirurgia.
Eles constituem aproximadamente 1% das lesões expansivas intracranianas, sendo que 50 a 60% ocorrem na fossa média craniana. Cistos na fossa craniana média são encontrados com mais frequência em homens do que em mulheres, ocorrendo predominantemente no lado esquerdo. A maioria surge como anomalias de desenvolvimento. Um pequeno número de cistos aracnoides está associado a neoplasias.
Alguns cistos aracnoides nunca representam um problema, mas outros podem começar a crescer e acumular líquido, comprimindo as estruturas cerebrais e causando sintomas. Dependendo do tamanho e localização do cisto aracnoide, os sintomas podem incluir:
- Dor de cabeça
- Náusea e vômito
- Letargia, incluindo fadiga excessiva ou baixa energia
- Convulsões
- Protuberâncias ou protuberâncias visíveis na cabeça ou na coluna
- Atrasos de desenvolvimento
- Hidrocefalia devido à obstrução da circulação normal do líquido cefalorraquidiano
- Problemas endócrinos (relacionados a hormônios), como início precoce da puberdade
- Distonias (que podem causar tremores ou balanço involuntário da cabeça)
- Problemas de visão
Exames radiológicos – tais como tomografias computadorizadas e ressonância magnética - ajudarão o cirurgião a ver a localização e as características de um cisto aracnoide e a determinar o tratamento mais apropriado para o paciente.
Tratamentos
Os cistos aracnoides - mesmo os grandes - que não causam sintomas ou pressionam o cérebro ou a medula espinhal não requerem tratamento.
O principal objetivo do tratamento do cisto aracnoide é drenar o líquido do cisto e aliviar a pressão, além de produzir aberturas nas paredes do cisto que evitem o acúmulo de líquido no futuro. Isso pode ser feito por meio de várias opções de tratamento:
Craniotomia com cistostomia
O neurocirurgião pode recomendar uma craniotomia (criando cirurgicamente uma espécie de janela no crânio) para fazer cistostomia (aberturas na parede do cisto, através de um processo chamado fenestração) e garantir o fluxo normal do líquido cefalorraquidiano. Após o procedimento, a abertura (janela) é fechada.
Este é um procedimento mais invasivo, mas permite ao neurocirurgião inspecionar diretamente e tratar o cisto. Raramente, o cisto volta a acumular líquido e precisa ser tratado novamente.
Shunt – derivação cisto-peritoneal ou cisto-atrial – com interposição de válvula
A derivação do cisto aracnoide é outra opção. O neurocirurgião insere um cateter no cisto, que permanece no local, conectado a uma válvula automática que permite a regulagem da saída do excesso de líquido, impedindo o seu acumulo e a consequente compressão cerebral, e que é conectada a um cateter distal, a jusante, que permite que o fluido drene e seja absorvido em outras partes do corpo (geralmente no abdômen – cavidade peritoneal, ou eventualmente no átrio do coração).
No entanto, o paciente costuma se tornar dependente deste implante para evitar que os sintomas voltem, e viver com um implante pode causar complicações, como bloqueio do sistema ou infecção. Essas complicações, porém, são raras e ocorrem principalmente nos primeiros meses após o procedimento.
Cistostomia Endoscópica
Uma alternativa minimamente invasiva a craniotomia, que é principalmente utilizada em cistos intraventriculares ou em algumas regiões de difícil acesso, é a chamada Cistostomia Endoscópica, realizada através de uma trepanação (pequena abertura de cerca de 01cm criada cirurgicamente no crânio) para possibilitar a introdução de um endoscópio cirúrgico rígido. Com este se alcança o cisto aracnoide e através de canais de trabalho dentro do endoscópio são passados delicados instrumentos cirúrgicos que são utilizados para realizar as aberturas na parede do cisto (fenestrações) e garantir o fluxo normal do líquido cefalorraquidiano.
Este é um procedimento invasivo, porém menos agressivo que a craniotomia, e que também permite ao neurocirurgião inspecionar diretamente e tratar o cisto.
Combinação de tratamentos cirúrgicos
Em alguns casos existe a necessidade de se associar as modalidades de Craniotomia com cistostomia ou da Cistostomia Endoscópica com a utilização de Shunt – derivação cisto-peritoneal ou cisto-atrial – com interposição de válvula.
Risco de Complicações
A operação do Shunt (derivação cisto-peritoneal ou cisto-atrial – com interposição de válvula) é relativamente simples e envolve baixo risco de lesões cerebrais. No entanto, podem ocorrer complicações dependentes e relacionadas ao shunt, como infecção, bloqueio/obstrução do sistema, pressão intracraniana baixa (menos frequente após a introdução das válvulas reguláveis) e hemorragia intracraniana.
A craniotomia para cistectomia pode aliviar rapidamente os sintomas, mas o risco de cirurgia é maior e a incisão cirúrgica é maior do que a associada à cistostomia endoscópica e mesmo a cirurgia de shunt.
Nos últimos anos, devido ao aprimoramento das técnicas endoscópicas, a fenestração endoscópica dos cistos tem sido cada vez mais realizada, principalmente para lesões na base do crânio, linha média e fossa craniana média, onde a craniotomia direta é difícil ou pode levar a traumas extensos. A vantagem da endoscopia é que ela permite um acesso mais direto ao cisto, é menos invasiva e envolve complicações menos graves do que outros procedimentos.
Hematoma subdural pós-operatório após cirurgia para cistos aracnoides foi relatado ocasionalmente, mas a ocorrência de hematoma intracerebral como complicação é muito rara.
Em todas as situações, a principal complicação são as infecções, ainda que com os devidos cuidados não atinja 1% dos pacientes, sendo geralmente são mais severas quando é necessário a utilização de Shunt – derivação cisto-peritoneal ou cisto-atrial – com interposição de válvula.