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Data: 26 de maio de 2021
Não há dúvidas de que o coronavírus pode afetar o cérebro. Uma série de efeitos já foram identificadas em pacientes com Covid-19, variando em gravidade, desde confusão mental até perda de olfato e paladar, e até acidentes vasculares cerebrais (AVC), popularmente conhecidos como derrames, e que podem até causar a morte ou sequelas neurológicas irreversíveis.
Inclusive, cientistas brasileiros da Universidade Estadual de Campinas encontraram o novo coronavírus dentro do cérebro – mais precisamente nos astrócitos - maiores e mais numerosos tipos de células gliais no Sistema Nervoso Central que fornecem suporte mecânico aos neurônios, além de controlar o desenvolvimento das células neuronais, a plasticidade e a manutenção das sinapses, entre outras funções.
O que os pesquisadores não descobriram é como o vírus consegue chegar no cérebro – esse mecanismo de entrada ainda não está claro. As investigações ainda não terminaram, visto que os especialistas ainda querem entender melhor as consequências do vírus dentro dos astrócitos.
Outro artigo interessante é do Prof. Robert Stevens, MD, diretor associado do Centro de Excelência em Medicina de Precisão da Universidade Johns Hopkins (EUA). Segundo ele, há quatro teorias pelas quais a COVID-19 pode causar danos ao cérebro.
1- Infecção Grave – o vírus entra no cérebro e causa uma infecção súbita e grave. Casos relatados na China e no Japão encontraram material genético do vírus no fluido espinhal, e um caso na Flórida encontrou partículas virais em células cerebrais.
2- Sistema imunológico acelerado - uma segunda possibilidade é que o sistema imunológico entre em aceleração na tentativa de combater a doença, produzindo uma resposta inflamatória “mal adaptada” que pode causar muitos dos danos aos tecidos e órgãos - talvez mais do que o próprio vírus.
3- Caos no corpo - a terceira teoria é que todas as alterações fisiológicas induzidas no corpo por COVID-19 - variando de febres altas a baixos níveis de oxigênio e falhas de múltiplos órgãos - contribuem para, ou são responsáveis pela disfunção cerebral, como o delírio ou coma visto em muitos dos pacientes graves com COVID-19.
4- Anormalidades de coagulação do sangue - a quarta maneira pela qual a COVID-19 pode afetar o cérebro tem a ver com a tendência de esses pacientes sofrerem um AVC (derrame). O sistema de coagulação do sangue em pacientes com a doença é altamente anormal, com a ocorrência de coágulos muito mais provável nesses pacientes do que em outros. Os coágulos podem se formar nas veias, nas profundezas do corpo ou nos pulmões, onde podem interromper o fluxo sanguíneo. Um AVC pode ocorrer se um coágulo de sangue bloquear ou estreitar as artérias que levam ao cérebro.
𝐏𝐨𝐫𝐭𝐚𝐧𝐭𝐨, 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐜𝐮𝐢𝐝𝐚𝐧𝐝𝐨. 𝐔𝐬𝐞 𝐦á𝐬𝐜𝐚𝐫𝐚. 𝐋𝐚𝐯𝐞 𝐚𝐬 𝐦ão𝐬 𝐞 𝐩𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐞𝐯𝐢𝐭𝐞 𝐚𝐬 𝐚𝐠𝐥𝐨𝐦𝐞𝐫𝐚çõ𝐞𝐬.