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Como é feito o tratamento do tumor cerebral?
Data: 09 de setembro de 2022🧠 O crânio é uma caixa virtualmente fechada, e não tem espaço de sobra para suportar nada além do encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco cerebral), do sangue - arterial e venoso, que levam nutrientes e retiram resíduos do metabolismo - e líquido cefalorraquidiano.
⚠️ Quando lesões expansivas se formam dentro do crânio, como no caso dos tumores cerebrais, o seu crescimento causa um grande desequilíbrio nesse espaço fechado, interferindo diretamente na pressão dentro do crânio, o que resulta em bloqueios das vias de fluxo do líquido cefalorraquidiano, na dificuldade da circulação sanguínea, e na compressão dos tecidos neurais, causando graves sintomas.
Por isso, na maioria dos casos, os tumores cerebrais são tratados com cirurgia, radioterapia, imunoterapia e quimioterapia, isoladamente ou em várias combinações.
📌 O desafio e objetivo do neurocirurgião é remover o máximo do tumor possível sem afetar as funções neurológicas normais e diminuir a compressão sobre os tecidos neurais, vasos sanguíneos e evitar o aumento da pressão intracraniana.
Normalmente, as técnicas cirúrgicas são determinadas de acordo com o tamanho do tumor que será tratado, a localização e as condições físicas e clínicas do paciente.
As abordagens cirúrgicas para a remoção do tumor cerebral incluem craniotomia guiada por neuronavegação, neuroendoscopia, ablação a laser e terapia térmica intersticial a laser e utrassônica.
A craniotomia é a mais tradicional e versátil. Nessa classe de cirurgias, os neurocirurgiões usualmente fazem uma janela no crânio para acessar o tumor e remover o máximo possível dele realizando, posteriormente, a reconstrução do crânio por camadas.
Técnicas e instrumentos modernos de microcirurgia, de neuroanestesia e neurointensivismo, além de recursos tecnológicos como microscópios cirúrgicos avançados, craniotomos e bisturis eletrônicos extremamente precisos, neuronavegador, aspirador ultrassônico, substâncias hemostáticas (para controlar e evitar sangramentos durante o procedimento), entre outros recursos, além da monitorização neurofisiológica intraoperatória, de medicamentos utilizados durante e após as cirurgias, tem tornado estes procedimentos e o pós-operatório cada vez mais eficazes e, principalmente, seguros para os pacientes.
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🚩 Fonte: Associação Americana de Neurocirurgiões