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Data: 19 de julho de 2021

Publicado na Alzheimer's Research & Therapy, um estudo conduzido pela Cleveland Clinic identificou mecanismos pelos quais a COVID-19 pode levar à demência semelhante à doença de Alzheimer.

▶Os pesquisadores indicam que as descobertas podem ajudar no gerenciamento de risco e estratégias terapêuticas para o comprometimento cognitivo associado à COVID-19.

▶O artigo destaca que os relatos de complicações neurológicas em pacientes com COVID-19 cujos sintomas persistem após o desaparecimento da infecção estão se tornando mais comuns. Isso sugere que o SARS-CoV-2 pode ter efeitos duradouros nas funções do cérebro.

No estudo, os cientistas aproveitaram a inteligência artificial usando conjuntos de dados existentes de pacientes com Alzheimer e COVID-19. Eles mediram a proximidade entre os genes / proteínas do hospedeiro SARS-CoV-2 e aqueles associados a várias doenças neurológicas, em que a proximidade sugere vias de doenças relacionadas ou compartilhadas. Os pesquisadores também analisaram os fatores genéticos que permitiram que o SARS-COV-2 infectasse tecidos e células cerebrais.

De acordo com o autor principal do estudo Feixiong Cheng, Ph.D., da equipe do Instituto de Medicina Genômica da Clínica Cleveland, a infecção por SARS-CoV-2 alterou significativamente os marcadores de Alzheimer implicados na inflamação do cérebro e certos fatores de entrada viral são altamente expressos nas células da barreira hematoencefálica.

O professor ainda destaca que o vírus pode impactar vários genes ou vias envolvidas na neuroinflamação e lesão microvascular do cérebro, o que pode levar ao comprometimento cognitivo semelhante à doença de Alzheimer.

O especialista frisa que identificar como a COVID-19 e os problemas neurológicos estão ligados será fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e terapia para lidar com o aumento das deficiências neurocognitivas que poderão surgir em um futuro não tão distante.  

Fonte: Cleveland Clinic

 
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