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Data: 19 de abril de 2021
Muitos pacientes apresentam deformidades no crânio resultantes de uma série de doenças e condições, como, tumores ósseos e tumores cerebrais, bem como após a realização de uma cirurgia de emergência para AVC’s e traumas causados por acidentes (craniectomia descompressiva)ou devido a uma operação anterior.
Neste post, vamos falar sobre um procedimento muito importante para a recuperação da autoestima e melhora neurológica e da qualidade de vida desses indivíduos – a cranioplastia.
Com a evolução dos implantes e das técnicas cirúrgicas a técnica pode ser realizada com mais segurança e eficácia.
Existem diferentes tipos, mas a maioria envolve levantar o couro cabeludo e restaurar o contorno original do crânio, substituindo a área onde existe uma óssea em decorrência de um evento prévio .
O reparo pode ser feito pela inserção do osso remanescente ou de materiais não biológicos, como placas de titânio ou polímeros. Principalmente em lesões mais extensas utiliza-se cada vez mais próteses customizadas, com a realização de exame pré-operatório de tomografia computadorizada com protocolo especial de reconstrução tridimensional, com imagens demonstrando a área de falha óssea com precisão milimétrica, o que permite criar um implante personalizado para fechamento da falha óssea craniana, com melhor resultado estético e maior segurança para o paciente.
Os principais objetivos da cranioplastia são a proteção do cérebro para evitar a vulnerabilidade a danos, devolver ao paciente uma aparência normal e de permitir a circulação sanguínea adequada, tratando a Síndrome do Trefinado (situação em que a pressão atmosférica comprime o cérebro e dificulta a circulação sanguínea na área sem osso, podendo até mesmo causar déficts neurológicos).
Abaixo, listei de forma sucinta outros motivos que podem levar à indicação da cranioplastia:
►Restauração estética e simetria externa do crânio.
►Alívio dos sintomas devido defeito/falha óssea extensa após uma craniectomia
► Quando o paciente apresenta dor ou sensibilidade, especialmente nas bordas dos ossos.
► Após o paciente apresentar a síndrome do trefinado: uma complicação comum na neurotraumatologia.
►Para melhorar déficit focal relacionado ao defeito/falha óssea extensa na Síndrome do Trefinado
► Convulsões originadas como consequência do defeito/falha óssea extensa.
►Melhorar o déficit cognitivo, especialmente quando há um defeito significativo.
►Reduzir as dores de cabeça devido a uma cirurgia ou lesão anterior.
O método convencional tem sido usado por neurocirurgiões há mais de 100 anos.