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Data: 11 de abril de 2021
A cirurgia para a doença de Parkinson (DP) foi introduzida na década de 1930 e desde então passou por muitas adaptações de acordo com os avanços da medicina e dos conhecimentos e experiências dos especialistas.
Diante do Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, entendo que é oportuno destacar a evolução do tratamento da doença e, portanto, compartilho um trecho do artigo divulgado pela Fundação do ator norte americano Michael J. Fox, diagnosticado com essa condição aos 29 anos de idade. Desde 2000, a entidade se dedica a encontrar a cura para esse mal.
Neste documento, a pesquisadora Rachel Dolhun, da Fundação, relata que uma das tecnologias cirúrgicas mais recentes que deve entrar no pipeline terapêutico para Parkinson é o ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética – que utiliza uma tecnologia inovadora para fazer lesões sem uma incisão cirúrgica. Com essa técnica, múltiplos feixes de energia acústica convergem em um pequeno volume de tecido, destruindo a área alvo e deixando nas proximidades regiões ilesas.
Vantagens: esta intervenção pode ser realizada sem anestesia ou incisões, não é invasiva e faz efeito imediatamente. Além disso, normalmente não requer procedimentos repetidos a menos que o benefício desapareça, e uma vez que não há implante hardware, não há necessidade de reprogramação ou outras cirurgias. Embora o procedimento venha com riscos, a taxa de complicações (como infecção e sangramento) têm sido baixas em estudos preliminares.
A autora finaliza ressaltando que o progresso na estimulação cerebral profunda e o desenvolvimento com foco no ultrassom exemplifica inovações em neurologia. As intervenções cirúrgicas podem não ser indicadas para todos os pacientes, mas elas fornecem benefícios sintomáticos para um grande número de portadores do mal de Parkinson.