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Dr., o que são miopatias?

Data: 23 de Junho de 2022

As miopatias são um conjunto de distúrbios neuromusculares caracterizados pela disfunção da fibra muscular, que deixam os músculos mais fracos.

🔍 A doença é caracterizada como rara e está entre as enfermidades que atingem cerca de 13 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM). As causas das condições variam entre hereditárias e adquiridas. 

Normalmente, as miopatias hereditárias ocorrem devido à uma mutação genética herdada dos familiares mais próximos. A miopatia congênita é um tipo de condição hereditária, nestes casos, a fraqueza nos músculos surge ainda durante a infância, afeta todo o corpo e geralmente não é progressiva. As principais características que, ocasionalmente, podem ser notadas ao nascimento são:

🔹 Atrasos no desenvolvimento das habilidades motoras; 
🔹 Anormalidades esqueléticas e faciais. 

Já as miopatias adquiridas são desenvolvidas durante a vida causadas por diferentes tipos de condições como: distúrbios médicos, infecções, exposição a certos medicamentos e, em determinados casos, desequilíbrios metabólicos, entre outros. 

Entre as principais estão:
📌 Miopatia autoimune/inflamatória: são doenças que levam o corpo a atacar os seus próprios tecidos, causando problemas na função muscular. 
📌 Miopatia tóxica: acontece quando uma toxina ou medicamento interfere na estrutura ou função muscular. Podemos citar como exemplo um vapor na tinta spray ou outras substâncias, como: álcool e tolueno. 
📌 Miopatias endócrinas: normalmente, estão relacionadas aos hormônios que interferem na função muscular, como a tireoide, a paratireoide e a Adrenal. 

Apesar das diferenças, a maioria das condições compartilham sintomas comuns, são eles:
🔹 Fraqueza muscular na parte superior dos braços, ombros e/ou coxas;
🔹 Cãibras musculares;
🔹 Rigidez;
🔹 Espasmos;
🔹 Fadiga com esforço;
🔹 Falta de energia. 

Para determinar qual o tratamento será indicado é essencial conhecer o tipo de distúrbio e as causas específicas. A maioria dos tratamentos são conservadores e incluem fisioterapia, terapia ocupacional e terapia medicamentosa. 
Em casos que são diagnosticados deformidades e escoliose, por exemplo, a cirurgia pode ser necessária. O procedimento é indicado principalmente na miopatia congênita quando a fraqueza e hipotonia muscular (diminuição do tônus) contribuem com a redução da mobilidade articular. 

📌 Fonte: National Institute of Neurological Disorders and Stroke / Cleveland Clinic / Instituto de Pesquisa e Ensino Médico IPEM
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