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Data: 08 de outubro de 2021
A coluna cervical está localizada na região do pescoço, formada basicamente por sete ossos e cinco discos intervertebrais, além de diversos ligamentos, que se estabelecem da base do crânio até a parte superior do tórax.
Os discos intervertebrais são responsáveis pelo movimento da coluna e atuam como amortecedores durante as atividades e os ligamentos e a musculatura têm o papel de estabilizar a coluna vertebral.
Alguns fatores como predisposição genética/familiar, má postura, doenças reumatológicas, traumas e o envelhecimento podem ocasionar a degeneração dos ossos vertebrais, dos discos intervertebrais, dos ligamentos espinhais e das articulações da coluna cervical e causar condições como:
🔹 Hérnias de disco;
🔹 Formação de esporões ósseos (bicos de papagaio);
🔹 Degeneração dos ossos vertebrais;
🔹 Estreitamento/Estenose do Canal Vertebral;
🔹 Deformidades Degenerativas da Coluna;
🔹 Instabilidade da Coluna;
🔹 Espondilolistese (escorregamento degenerativo de vértebra).
⚠️ Em casos extremos, se não tratado adequadamente e no tempo certo, podem levar a uma lesão medular, até mesmo com paralisia permanente.
A consulta com o médico neurocirurgião deve ser imediata quando a dor no pescoço progredir para sintomas como: 👇
🔸 Febre ou dor de cabeça acompanhada por uma dor no pescoço;
🔸 Rigidez que impede o contato do queixo com o peito;
🔸 Progressão de fraqueza ou dormência de braços ou pernas;
🔸 Dor no pescoço após uma lesão ou golpe na cabeça.
✅ A neurocirurgia pode ser indicada quando os tratamentos conservadores (medicamentos, fisioterapia, hidroterapia, acupuntura e etc) não demonstram bons resultados, quando há presença de sintomas neurológicos progressivos como a dormência de braços ou pernas e, quando, mesmo com a saúde em dia, existe um desequilíbrio e uma dificuldade para caminhar ou controlar os esfíncteres da bexiga e do ânus.
O procedimento cirúrgico será escolhido de acordo com as especificidades da condição diagnosticada e as características do paciente. Entre os métodos possíveis estão:
👉 Discectomia Cervical Anterior: realizada para aliviar a pressão em uma ou mais raízes nervosas e/ou na medula espinhal. Em casos específicos, o uso do colar cervical pode ser orientado. Durante as duas primeiras semanas é imprescindível que a pessoa não movimente a cabeça rapidamente.
👉 Corpectomia Cervical Anterior: é comum que este procedimento seja indicado para casos de estenose cervical com compressão na medula espinhal causada por formação de grandes esporões ósseos. A técnica remove uma parte ou o todo do corpo vertebral para aliviar a compressão sobre a medula espinhal. Após o procedimento o paciente precisa fazer uso do colar cervical e a recuperação total varia entre seis e oito semanas.
👉 Discectomia Posterior: este procedimento pode ser considerado quando existe a presença de hérnia de disco mole localizada na lateral da coluna vertebral e geralmente causa a compressão de um nervo espinhal. Atualmente, este tipo de cirurgia pode ser realizada através de técnicas minimamente invasivas e/ou através de endoscopia, com uma pequena incisão na parte posterior do pescoço.
👉 Laminotomia e Laminoplastia Cervical Posterior: em casos avançados de estenose/estreitamento do canal vertebral, principalmente com compressão por elementos posteriores, uma incisão é feita na parte posterior do pescoço, sendo realizada a dissecção da musculatura cervical posterior, separando-a das superfícies posteriores das vértebras cervicais (processos espinhosos, lâminas e articulações facetárias). Neste processo, é realizada a abertura das lâminas vertebrais que permite a ampliação do canal vertebral e descompressão na medula espinhal e/ou nas raízes nervosas. A parte posterior da vértebra é mantida com uso de técnicas de enxerto ósseo.
👉 Laminectomia Cervical Posterior e Fusão/Artrodese: em casos mais avançados de estenose/estreitamento do canal vertebral associados a compressão por elementos posteriores, uma incisão é feita na parte posterior do pescoço. É realizado um acesso cirúrgico como na laminoplastia, porém realiza-se a remoção de parte dos ossos e de ligamentos espessados, esporões ósseos e/ou do disco intervertebral que podem estar causando a compressão na medula espinhal e/ou nas raízes nervosas. Após a realização desta descompressão, para evitar cifotização da coluna vertebral (deformidade gerada pela instabilidade) é realizada a instrumentação por via posterior com parafusos e hastes de titânio para estabilização cervical, onde o enxerto ósseo é inserido para permitir a fusão das vértebras, com efeito permanente.
👉 Laminectomia Cervical Posterior + Corpectomia Cervical Anterior + Fusão/Artrodese Anterior e Posterior (360°): em casos muito graves de estenose/estreitamento do canal vertebral e instabilidade de coluna vertebral pode ser necessária a combinação de técnicas cirúrgicas por via anterior e posterior.
O tempo de recuperação sempre será variável de acordo com a cirurgia realizada e as condições do paciente.
🎯 Fonte: American Association Neurological Surgeons
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A coluna cervical está localizada na região do pescoço, formada basicamente por sete ossos e cinco discos intervertebrais, além de diversos ligamentos, que se estabelecem da base do crânio até a parte superior do tórax.
Os discos intervertebrais são responsáveis pelo movimento da coluna e atuam como amortecedores durante as atividades e os ligamentos e a musculatura têm o papel de estabilizar a coluna vertebral.
Alguns fatores como predisposição genética/familiar, má postura, doenças reumatológicas, traumas e o envelhecimento podem ocasionar a degeneração dos ossos vertebrais, dos discos intervertebrais, dos ligamentos espinhais e das articulações da coluna cervical e causar condições como:
🔹 Hérnias de disco;
🔹 Formação de esporões ósseos (bicos de papagaio);
🔹 Degeneração dos ossos vertebrais;
🔹 Estreitamento/Estenose do Canal Vertebral;
🔹 Deformidades Degenerativas da Coluna;
🔹 Instabilidade da Coluna;
🔹 Espondilolistese (escorregamento degenerativo de vértebra).
⚠️ Em casos extremos, se não tratado adequadamente e no tempo certo, podem levar a uma lesão medular, até mesmo com paralisia permanente.
A consulta com o médico neurocirurgião deve ser imediata quando a dor no pescoço progredir para sintomas como: 👇
🔸 Febre ou dor de cabeça acompanhada por uma dor no pescoço;
🔸 Rigidez que impede o contato do queixo com o peito;
🔸 Progressão de fraqueza ou dormência de braços ou pernas;
🔸 Dor no pescoço após uma lesão ou golpe na cabeça.
✅ A neurocirurgia pode ser indicada quando os tratamentos conservadores (medicamentos, fisioterapia, hidroterapia, acupuntura e etc) não demonstram bons resultados, quando há presença de sintomas neurológicos progressivos como a dormência de braços ou pernas e, quando, mesmo com a saúde em dia, existe um desequilíbrio e uma dificuldade para caminhar ou controlar os esfíncteres da bexiga e do ânus.
O procedimento cirúrgico será escolhido de acordo com as especificidades da condição diagnosticada e as características do paciente. Entre os métodos possíveis estão:
👉 Discectomia Cervical Anterior: realizada para aliviar a pressão em uma ou mais raízes nervosas e/ou na medula espinhal. Em casos específicos, o uso do colar cervical pode ser orientado. Durante as duas primeiras semanas é imprescindível que a pessoa não movimente a cabeça rapidamente.
👉 Corpectomia Cervical Anterior: é comum que este procedimento seja indicado para casos de estenose cervical com compressão na medula espinhal causada por formação de grandes esporões ósseos. A técnica remove uma parte ou o todo do corpo vertebral para aliviar a compressão sobre a medula espinhal. Após o procedimento o paciente precisa fazer uso do colar cervical e a recuperação total varia entre seis e oito semanas.
👉 Discectomia Posterior: este procedimento pode ser considerado quando existe a presença de hérnia de disco mole localizada na lateral da coluna vertebral e geralmente causa a compressão de um nervo espinhal. Atualmente, este tipo de cirurgia pode ser realizada através de técnicas minimamente invasivas e/ou através de endoscopia, com uma pequena incisão na parte posterior do pescoço.
👉 Laminotomia e Laminoplastia Cervical Posterior: em casos avançados de estenose/estreitamento do canal vertebral, principalmente com compressão por elementos posteriores, uma incisão é feita na parte posterior do pescoço, sendo realizada a dissecção da musculatura cervical posterior, separando-a das superfícies posteriores das vértebras cervicais (processos espinhosos, lâminas e articulações facetárias). Neste processo, é realizada a abertura das lâminas vertebrais que permite a ampliação do canal vertebral e descompressão na medula espinhal e/ou nas raízes nervosas. A parte posterior da vértebra é mantida com uso de técnicas de enxerto ósseo.
👉 Laminectomia Cervical Posterior e Fusão/Artrodese: em casos mais avançados de estenose/estreitamento do canal vertebral associados a compressão por elementos posteriores, uma incisão é feita na parte posterior do pescoço. É realizado um acesso cirúrgico como na laminoplastia, porém realiza-se a remoção de parte dos ossos e de ligamentos espessados, esporões ósseos e/ou do disco intervertebral que podem estar causando a compressão na medula espinhal e/ou nas raízes nervosas. Após a realização desta descompressão, para evitar cifotização da coluna vertebral (deformidade gerada pela instabilidade) é realizada a instrumentação por via posterior com parafusos e hastes de titânio para estabilização cervical, onde o enxerto ósseo é inserido para permitir a fusão das vértebras, com efeito permanente.
👉 Laminectomia Cervical Posterior + Corpectomia Cervical Anterior + Fusão/Artrodese Anterior e Posterior (360°): em casos muito graves de estenose/estreitamento do canal vertebral e instabilidade de coluna vertebral pode ser necessária a combinação de técnicas cirúrgicas por via anterior e posterior.
O tempo de recuperação sempre será variável de acordo com a cirurgia realizada e as condições do paciente.
🎯 Fonte: American Association Neurological Surgeons