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Entenda como funciona recuperação após a cirurgia de descompressão medular
✅ Nos posts anteriores, entendemos quais são os sintomas da Síndrome de Compressão Medular e como é feito o tratamento. Hoje, quero esclarecer sobre o processo de recuperação após o procedimento cirúrgico.
Normalmente, a cirurgia de descompressão é realizada sob anestesia geral e com monitorização neurofisiológica, sendo assim, o paciente permanece inconsciente durante o procedimento e não sentirá dor no ato cirúrgico, mas ao mesmo tempo sabemos como estão as suas funções neurológicas.
O tempo de duração da operação dependerá da complexidade de cada caso e das técnicas utilizadas para o tratamento. Entre os passos mais frequentemente realizados neste tipo de procedimento cirúrgico, estão:👇
🔹 Laminectomia – procedimento cirúrgico onde uma parte posterior do osso – denominada Lâmina Vertebral - de uma ou mais das vértebras (ossos da coluna vertebral) é parcialmente ou totalmente removida para aliviar a pressão sobre a Medula Espinhal e os nervos afetados;
🔹 Discectomia – procedimento cirúrgico onde uma parte ou todo um disco intervertebral danificado é removido para aliviar a pressão sobre a Medula Espinhal e os nervos afetados;
🔹 Artrodese/Fusão Espinhal – procedimento cirúrgico onde duas ou mais vértebras são fixadas com uso de materiais de síntese (hastes e parafusos de titânio, geralmente associados a dispositivos de espaçamento intersomáticos – “cages” - instalados no espaço onde se encontrava o disco intervertebral) para correção de deformidades secundárias a degeneração/desgaste das articulações e discos, para recuperação da curvatura normal e estabilização da coluna vertebral. Nessa técnica, enxerto ósseo do próprio paciente (por exemplo, parte do osso removido durante a Laminectomia) e enxerto artificial, são colocados sobre pontos específicos das vértebras e no espaço discal (preparado após a discectomia) de forma a promover a fusão/artrodese entre os ossos da coluna vertebral, o que irá proporcionar manutenção da estabilidade destes a longo prazo.
Em muitos casos, uma combinação dessas técnicas pode ser usada.
Entenda como é a recuperação após a cirurgia:
O paciente permanece em observação na UTI por pelo menos um dia, em casos de idade avançada, comorbidades ou extensão da cirurgia, esse prazo pode ser prolongado para proporcionar a maior segurança para o paciente
Normalmente, ainda na UTI, o paciente já pode se movimentar mudando de posição a vontade e no dia seguinte poderá sentar fora do leito e caminhar com auxílio, além de iniciar a fisioterapia reabilitatória
A recuperação do paciente depende da técnica cirúrgica utilizada, da evolução clínica e dos déficts neurológicos como a força e sensibilidade apresentados antes do procedimento.
A maioria das pessoas consegue andar sem ajuda dois a três dias após a operação, embora atividades mais cansativas precisem ser evitadas por cerca de 04 a 08 semanas.
Outros pacientes podem fazer caminhada com auxílio logo após a alta hospitalar, com aumento progressivo da distância e tempo.
Em determinados casos, de acordo com a evolução do paciente e da sua rotina especifica é possível retornar ao trabalho após cerca de 04 a 06 semanas.
📌 Após as primeiras 4 a 12 semanas de pós-operatório, a depender da técnica cirúrgica e da evolução clínica, o paciente deve manter a fisioterapia reabilitatória.
Na maioria das vezes, o paciente pode incluir na rotina determinados tipos de exercícios além da caminhada, como: pilates (com exceção dos pacientes com Osteoporose), hidroginástica, natação e musculação.
Após o período de 12 semanas, geralmente é possível praticar outros tipos de esportes, exercícios ou atividades físicas, como: corrida, tênis, vôlei e, até mesmo, artes marciais
📌 Eventualmente durante os primeiros seis meses após a cirurgia, pode ser necessário fazer sessões de fisioterapia para liberação miofascial em musculatura paravertebral, por conta do reajuste da postura/posição da coluna.
🚨 Se houverem déficits neurológicos, principalmente motores (força muscular) mais importantes a reabilitação com fisioterapia pode ser mais extensa, já que depende da cicatrização dos Nervos Periféricos, que foram afetados durante o tempo que ficaram comprimidos, sendo que por isto, quanto pior o quadro neurológico antes do procedimento, mais demorada será a reabilitação, o que vai contra a ideia popular de “operar a coluna é só em último caso”...
No geral, há boas evidências de que a cirurgia de descompressão pode ser um tratamento eficaz para pessoas com dor intensa causada por nervos comprimidos.
Ficou com alguma dúvida? Deixe um comentário!👇
🖇️ Compartilhe esse conteúdo para que mais pessoas saibam.
🎯 Fonte: NHS Informs
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Normalmente, a cirurgia de descompressão é realizada sob anestesia geral e com monitorização neurofisiológica, sendo assim, o paciente permanece inconsciente durante o procedimento e não sentirá dor no ato cirúrgico, mas ao mesmo tempo sabemos como estão as suas funções neurológicas.
O tempo de duração da operação dependerá da complexidade de cada caso e das técnicas utilizadas para o tratamento. Entre os passos mais frequentemente realizados neste tipo de procedimento cirúrgico, estão:👇
🔹 Laminectomia – procedimento cirúrgico onde uma parte posterior do osso – denominada Lâmina Vertebral - de uma ou mais das vértebras (ossos da coluna vertebral) é parcialmente ou totalmente removida para aliviar a pressão sobre a Medula Espinhal e os nervos afetados;
🔹 Discectomia – procedimento cirúrgico onde uma parte ou todo um disco intervertebral danificado é removido para aliviar a pressão sobre a Medula Espinhal e os nervos afetados;
🔹 Artrodese/Fusão Espinhal – procedimento cirúrgico onde duas ou mais vértebras são fixadas com uso de materiais de síntese (hastes e parafusos de titânio, geralmente associados a dispositivos de espaçamento intersomáticos – “cages” - instalados no espaço onde se encontrava o disco intervertebral) para correção de deformidades secundárias a degeneração/desgaste das articulações e discos, para recuperação da curvatura normal e estabilização da coluna vertebral. Nessa técnica, enxerto ósseo do próprio paciente (por exemplo, parte do osso removido durante a Laminectomia) e enxerto artificial, são colocados sobre pontos específicos das vértebras e no espaço discal (preparado após a discectomia) de forma a promover a fusão/artrodese entre os ossos da coluna vertebral, o que irá proporcionar manutenção da estabilidade destes a longo prazo.
Em muitos casos, uma combinação dessas técnicas pode ser usada.
Entenda como é a recuperação após a cirurgia:
O paciente permanece em observação na UTI por pelo menos um dia, em casos de idade avançada, comorbidades ou extensão da cirurgia, esse prazo pode ser prolongado para proporcionar a maior segurança para o paciente
Normalmente, ainda na UTI, o paciente já pode se movimentar mudando de posição a vontade e no dia seguinte poderá sentar fora do leito e caminhar com auxílio, além de iniciar a fisioterapia reabilitatória
A recuperação do paciente depende da técnica cirúrgica utilizada, da evolução clínica e dos déficts neurológicos como a força e sensibilidade apresentados antes do procedimento.
A maioria das pessoas consegue andar sem ajuda dois a três dias após a operação, embora atividades mais cansativas precisem ser evitadas por cerca de 04 a 08 semanas.
Outros pacientes podem fazer caminhada com auxílio logo após a alta hospitalar, com aumento progressivo da distância e tempo.
Em determinados casos, de acordo com a evolução do paciente e da sua rotina especifica é possível retornar ao trabalho após cerca de 04 a 06 semanas.
📌 Após as primeiras 4 a 12 semanas de pós-operatório, a depender da técnica cirúrgica e da evolução clínica, o paciente deve manter a fisioterapia reabilitatória.
Na maioria das vezes, o paciente pode incluir na rotina determinados tipos de exercícios além da caminhada, como: pilates (com exceção dos pacientes com Osteoporose), hidroginástica, natação e musculação.
Após o período de 12 semanas, geralmente é possível praticar outros tipos de esportes, exercícios ou atividades físicas, como: corrida, tênis, vôlei e, até mesmo, artes marciais
📌 Eventualmente durante os primeiros seis meses após a cirurgia, pode ser necessário fazer sessões de fisioterapia para liberação miofascial em musculatura paravertebral, por conta do reajuste da postura/posição da coluna.
🚨 Se houverem déficits neurológicos, principalmente motores (força muscular) mais importantes a reabilitação com fisioterapia pode ser mais extensa, já que depende da cicatrização dos Nervos Periféricos, que foram afetados durante o tempo que ficaram comprimidos, sendo que por isto, quanto pior o quadro neurológico antes do procedimento, mais demorada será a reabilitação, o que vai contra a ideia popular de “operar a coluna é só em último caso”...
No geral, há boas evidências de que a cirurgia de descompressão pode ser um tratamento eficaz para pessoas com dor intensa causada por nervos comprimidos.
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🎯 Fonte: NHS Informs