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Data: 25 de agosto de 2021

A epilepsia pode se manifestar desde o período neonatal até a terceira idade. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 3 milhões de brasileiros possuem a doença neurológica. 

Normalmente, a cirurgia não é a primeira opção de tratamento, principalmente no caso das crianças. No entanto, algumas condições levam o paciente a essa necessidade. 

O procedimento cirúrgico pode ser indicado quando os medicamentos não controlam as convulsões e elas passam a causar eventos que colocam em risco o desenvolvimento e a vida da criança. 

A cirurgia de epilepsia visa remover a área do cérebro onde ocorrem as convulsões, com o objetivo de cessar ou limitar sua gravidade. A estratégia é mais eficaz quando as convulsões acontecem em um único local do cérebro. 

Existem diferentes métodos para realizar este procedimento, para saber qual é o indicado e assegurar a saúde da criança vários testes pré-cirúrgicos são realizados. 

Os métodos mais comuns usados em crianças são:

🔹 A hemisferectomia funcional: é uma cirurgia que visa remover todas as conexões entre os hemisférios cerebrais, sendo o procedimento usado principalmente em crianças pequenas.

🔹 A calosotomia: esta cirurgia remove totalmente ou parcialmente parte do cérebro que conecta os lados direito e esquerdo do cérebro (corpo caloso). Comumente indicada para crianças que apresentam atividade cerebral anormal que se espalha de um lado do cérebro para o outro.

🔹 A hemisferectomia: o procedimento é realizado para remover totalmente um lado (hemisfério) da massa cinzenta dobrada do cérebro (córtex cerebral). Crianças que apresentam convulsões que se originam de vários locais em um hemisfério, geralmente são submetidas a esta cirurgia, sendo principalmente realizadas em lactentes, tendo-se em vista que através da neuroplasticidade, o hemisfério cerebral sadio assume progressivamente as funções da área removida.

📌 Referência: Mayo Clinic 
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