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Data: 25 de outubro de 2021
Um tipo frequente e potencialmente mortal de Hemorragia Cerebral é a chamada Hemorragia Subaracnóidea (HSA). Ela se caracteriza por um sangramento no interior do espaço subaracnóideo do cérebro, que fica entre a camada mais interna (pia-máter) e a camada intermediária (aracnóide) dos tecidos que envolvem o cérebro (meninges).
Em média, 5 a 10% dos acidentes vasculares cerebrais são causados por hemorragia subaracnóidea.
O espaço subaracnóideo é uma área entre o cérebro e o crânio preenchida com o líquido cefalorraquidiano (LCR), que atua na proteção do órgão.
O sangramento no subaracnóideo causa irritação, inflamação, aumento de pressão intracraniana e lesões cerebrais.
A causa deste tipo de hemorragia, quando não existe história de trauma crânio encefálico, geralmente está associada a ruptura de aneurisma cerebral ou a uma malformação arteriovenosa cerebral.
👉 Aneurisma Cerebral: uma dilatação em forma de balão por enfraquecimento da parede de uma artéria intracraniana que se rompe, causando sangramento no espaço subaracnóideo ao redor do cérebro.
👉 Malformação arteriovenosa (MAV): um emaranhado anormal de artérias e veias. Os vasos sanguíneos enfraquecidos podem se romper e causar sangramentos.
Os fatores de risco incluem:
🔹 Pressão alta;
🔹 Uso excessivo de álcool, cigarro e drogas ilícitas;
🔹 Predisposição genética para aneurisma ou malformação arteriovenosa.
Além dos sintomas citados na imagem, a HSA se manifesta como:
🔹 Dor de Cabeça Intensa e de início súbito;
🔹 Torcicolo;
🔹 Náusea e vômito;
🔹 Visão turva ou dupla;
🔹 Confusão;
🔹 Letargia;
🔹 Perda de consciência/Desmaio.
⚠️ Caso sinta algum destes sintomas ou uma combinação deles, procure com urgência atendimento médico.
A avaliação médica poderá ser complementada por exames para confirmar a presença do sangramento, bem como a sua causa, localização, extensão, gravidade e, eventualmente, a presença de outras lesões decorrentes dele, através de:
👉 Tomografia computadorizada: é feito um exame não invasivo com detalhes sobre a estrutura anatômica do cérebro;
👉 Punção lombar: um procedimento invasivo no qual uma agulha é inserida na parte inferior das costas para detectar a presença de sangue no líquido cefalorraquidiano.
👉 Angiografia Digital Cerebral: procedimento onde um cateter é inserido em uma artéria e transportado através dos vasos sanguíneos até o cérebro para injetar contraste na corrente sanguínea e melhorar a qualidade dos raios-X.
👉 Ressonância magnética: é um exame não invasivo que usa um campo magnético e ondas de radiofrequência para fornecer uma visão detalhada das estruturas intracranianas e do cérebro.
✅ Os tratamentos da HSA têm como objetivo parar o sangramento e restaurar o fluxo sanguíneo normal.
A escolha do método utilizado é definida pelo neurocirurgião que analisará a causa da hemorragia identificada pelos exames e as condições clínicas do paciente.
Se a HSA for de uma malformação arteriovenosa com sangramento, a cirurgia pode ser realizada para remover a MAV.
Se a hemorragia subaracnóidea for de um aneurisma cerebral que se rompeu, a cirurgia pode ser realizada para estancar o sangramento. As opções incluem clipagem microcirúrgica ou embolização endovascular.
🔻 Clipagem Microcirúrgica: é realizada através da craniotomia por uma incisão na cabeça, com abertura de uma pequena parte do crânio. A equipe cirúrgica utiliza um microscópio cirúrgico no intraoperatório para dissecar o cérebro e acessar o aneurisma e assim, inserir um pequeno clip ao redor da base do aneurisma para interromper o fluxo sanguíneo.
🔻 Embolização endovascular: é um procedimento no qual se utiliza a angiografia digital cerebral para acessar o aneurisma, instalando micromolas em seu interior para lentificar o fluxo sanguíneo, causando a progressiva obstrução da entrada do sangue na lesão. Também podem ser utilizados “divisores de fluxo”, que são uma espécie de “stent” que impede a entrada do sangue dentro da lesão, causando sua trombose.
No caso das MAVs, atualmente na maioria das vezes se utilizam tratamentos híbridos, conjugando tratamento endovascular e microcirúrgico para proporcionar a cura.
📌 Fonte: Mayfield brain and spine / Cleveland Clinic
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Um tipo frequente e potencialmente mortal de Hemorragia Cerebral é a chamada Hemorragia Subaracnóidea (HSA). Ela se caracteriza por um sangramento no interior do espaço subaracnóideo do cérebro, que fica entre a camada mais interna (pia-máter) e a camada intermediária (aracnóide) dos tecidos que envolvem o cérebro (meninges).
Em média, 5 a 10% dos acidentes vasculares cerebrais são causados por hemorragia subaracnóidea.
O espaço subaracnóideo é uma área entre o cérebro e o crânio preenchida com o líquido cefalorraquidiano (LCR), que atua na proteção do órgão.
O sangramento no subaracnóideo causa irritação, inflamação, aumento de pressão intracraniana e lesões cerebrais.
A causa deste tipo de hemorragia, quando não existe história de trauma crânio encefálico, geralmente está associada a ruptura de aneurisma cerebral ou a uma malformação arteriovenosa cerebral.
👉 Aneurisma Cerebral: uma dilatação em forma de balão por enfraquecimento da parede de uma artéria intracraniana que se rompe, causando sangramento no espaço subaracnóideo ao redor do cérebro.
👉 Malformação arteriovenosa (MAV): um emaranhado anormal de artérias e veias. Os vasos sanguíneos enfraquecidos podem se romper e causar sangramentos.
Os fatores de risco incluem:
🔹 Pressão alta;
🔹 Uso excessivo de álcool, cigarro e drogas ilícitas;
🔹 Predisposição genética para aneurisma ou malformação arteriovenosa.
Além dos sintomas citados na imagem, a HSA se manifesta como:
🔹 Dor de Cabeça Intensa e de início súbito;
🔹 Torcicolo;
🔹 Náusea e vômito;
🔹 Visão turva ou dupla;
🔹 Confusão;
🔹 Letargia;
🔹 Perda de consciência/Desmaio.
⚠️ Caso sinta algum destes sintomas ou uma combinação deles, procure com urgência atendimento médico.
A avaliação médica poderá ser complementada por exames para confirmar a presença do sangramento, bem como a sua causa, localização, extensão, gravidade e, eventualmente, a presença de outras lesões decorrentes dele, através de:
👉 Tomografia computadorizada: é feito um exame não invasivo com detalhes sobre a estrutura anatômica do cérebro;
👉 Punção lombar: um procedimento invasivo no qual uma agulha é inserida na parte inferior das costas para detectar a presença de sangue no líquido cefalorraquidiano.
👉 Angiografia Digital Cerebral: procedimento onde um cateter é inserido em uma artéria e transportado através dos vasos sanguíneos até o cérebro para injetar contraste na corrente sanguínea e melhorar a qualidade dos raios-X.
👉 Ressonância magnética: é um exame não invasivo que usa um campo magnético e ondas de radiofrequência para fornecer uma visão detalhada das estruturas intracranianas e do cérebro.
✅ Os tratamentos da HSA têm como objetivo parar o sangramento e restaurar o fluxo sanguíneo normal.
A escolha do método utilizado é definida pelo neurocirurgião que analisará a causa da hemorragia identificada pelos exames e as condições clínicas do paciente.
Se a HSA for de uma malformação arteriovenosa com sangramento, a cirurgia pode ser realizada para remover a MAV.
Se a hemorragia subaracnóidea for de um aneurisma cerebral que se rompeu, a cirurgia pode ser realizada para estancar o sangramento. As opções incluem clipagem microcirúrgica ou embolização endovascular.
🔻 Clipagem Microcirúrgica: é realizada através da craniotomia por uma incisão na cabeça, com abertura de uma pequena parte do crânio. A equipe cirúrgica utiliza um microscópio cirúrgico no intraoperatório para dissecar o cérebro e acessar o aneurisma e assim, inserir um pequeno clip ao redor da base do aneurisma para interromper o fluxo sanguíneo.
🔻 Embolização endovascular: é um procedimento no qual se utiliza a angiografia digital cerebral para acessar o aneurisma, instalando micromolas em seu interior para lentificar o fluxo sanguíneo, causando a progressiva obstrução da entrada do sangue na lesão. Também podem ser utilizados “divisores de fluxo”, que são uma espécie de “stent” que impede a entrada do sangue dentro da lesão, causando sua trombose.
No caso das MAVs, atualmente na maioria das vezes se utilizam tratamentos híbridos, conjugando tratamento endovascular e microcirúrgico para proporcionar a cura.
📌 Fonte: Mayfield brain and spine / Cleveland Clinic