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Antes de falar sobre os principais fatores de risco dessa condição que sem tratamento adequado pode causar danos cerebrais permanentes e levar até a morte, é importante entender o papel que o líquido cefalorraquidiano (líquor) desempenha no nosso organismo.

🔸É essa substância que mantém o cérebro flutuante, permitindo que o órgão relativamente pesado flutue dentro do crânio. Outra função é de coxim hidráulico, amortecendo eventuais choques do cérebro contra as superfícies internas dos ossos do crânio para prevenir lesões, além de remover produtos residuais do metabolismo do cérebro.

A hidrocefalia é caracterizada pelo excesso de líquido cefalorraquidiano no cérebro que produz uma pressão dentro do crânio, geralmente pressionando o cérebro contra os ossos e dificultando a circulação sanguínea normal. Há vários tipos diferentes e no post de hoje, vamos destacar a hidrocefalia obstrutiva, ou também conhecida como não comunicante – resultado de diversas condições que impedem o fluxo normal do líquido.

As causas mais comuns incluem:
▶️Trauma na cabeça
▶️Derrame
▶️Coágulos no cérebro
▶️Infecções que afetam o sistema nervoso central
▶️Tumores do sistema nervoso central
▶️Complicações cirúrgicas 

Os procedimentos cirúrgicos indicados para o tratamento da doença são: 
🔹Remoção da obstrução 
🔹Cirurgia de derivação ventricular: um cateter é colocado no ventrículo para regularizar o fluxo de líquor. 
🔹Terceira ventriculostomia endoscópica: procedimento minimamente invasivo que tem como finalidade desbloquear o fluxo através de um pequeno orifício no fundo de um ventrículo.

𝐄 𝐩𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 é 𝐬𝐢𝐠𝐧𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐭𝐢𝐯𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐬 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐬 𝐭𝐞𝐧𝐡𝐚𝐦 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐩𝐚𝐭𝐨𝐥𝐨𝐠𝐢𝐚?
A resposta é simples. O quanto antes o diagnóstico for feito, as chances de danos cerebrais diminuem. É um a doença perigosa que atinge qualquer idade, sendo vista com frequência desde bebês até em idosos.

𝐏𝐨𝐫𝐭𝐚𝐧𝐭𝐨, diante de alguma suspeita, a orientação é buscar ajuda de um médico neurocirurgião para esclarecer todas as dúvidas e iniciar o tratamento desta doença imediatamente.

É possível levar uma vida normal com a identificação precoce e tratamento adequado.