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O que você precisa saber sobre Hipertensão Intracraniana Idiopática?
Data: 22 de abril de 2022A Hipertensão Intracraniana Idiopática, tradicionalmente conhecida por “Pseudotumor Cerebral”, ocorre quando a pressão dentro do crânio (pressão intracraniana) aumenta sem motivo aparente, sendo também chamado de hipertensão intracraniana idiopática.
Os sintomas imitam os de um tumor cerebral, sendo que o aumento da pressão intracraniana pode causar inchaço do nervo óptico e resultar em perda de visão.
Os sinais e sintomas podem incluir também fortes dores de cabeça que podem se originar atrás de seus olhos, zumbido pulsátil, náuseas, vômitos, tontura, perda progressiva de visão, breves episódios de cegueira, durando alguns segundos e afetando um ou ambos os olhos, dificuldade em ver para o lado, visão dupla, flashes de luz, dores no pescoço, ombro ou costas.
Esta é um doença relativamente rara e sua causa é desconhecida.
O cérebro e medula espinhal são normalmente cercados pelo líquido cefalorraquidiano (LCR), que protege esses tecidos vitais de lesões. Esse fluido é produzido no cérebro e, eventualmente, absorvido pela corrente sanguínea a uma taxa que geralmente permite que a pressão no cérebro permaneça constante.
O aumento da pressão intracraniana pode resultar de um problema neste processo de absorção do LCR.
Os fatores de risco são a obesidade e o uso GH (Hormônio do crescimento), Tetraciclina e excesso de Vitamina A.
Mulheres obesas em idade reprodutiva têm maior probabilidade de desenvolver o distúrbio, sendo proporcionalmente as mais afetadas por essa condição.
Algumas doenças que foram associadas à hipertensão intracraniana secundária incluem: 👇
🔺 Doença de Addison;
🔺 Anemia;
🔺 Distúrbios de coagulação do sangue;
🔺 Doença Renal Crônica;
🔺 Lúpus Eritematoso Sistêmico;
🔺 Síndrome dos Ovários Policísticos;
🔺 Apneia do Sono;
🔺 Glândulas paratireoides hipoativas.
Por conta dos sintomas, a condição pode ser confundida com tumores cerebrais, assim, o médico costuma solicitar inúmeros exames complementares para confirmar o diagnóstico. Entre eles: ressonância magnética de crânio, exames oftalmológicos para verificar se há inchaço próximo ao nervo óptico; punção lombar para avaliar a pressão do líquido cefalorraquidiano, além de testes de reflexos, equilíbrio e força muscular.
📌 O tratamento da condição pode variar entre: orientações para a perda de peso, uso de medicação ou, em casos muito sintomáticos ou refratários ao tratamento clínico a cirurgia de Derivação Ventrículo Peritoneal (DVP) é o tratamento padrão.
A DVP é realizada através da instalação da instalação de um cateter no cérebro, que drena o excesso de líquido cefalorraquidiano (LCR), diminuindo a pressão intracraniana para padrões normais. Esse excesso de líquido é escoado através de um cateter longo e fino, por baixo da pele do paciente, até a região abdominal. Entre o cateter cerebral e o abdominal, é colocada uma pequena válvula, que controla a abertura e o escoamento do LCR, e que pode ser regulada percutaneamente.
🚩 Fonte: Cleveland Clinic