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Operando paciente com Hérnias Discais Lombares

Data: 08 de março de 2022

Operando com os médicos residentes do Hospital Santa Paula!

Paciente de 51 anos com Hérnias Discais Lombares L4L5 e L5S1 associadas à Instabilidade segmentar e, consequente, Lombalgia Crônica Refratária aos tratamentos conservadores.

📌 As complicações de uma hérnia de disco lombar variam muito - desde dores moderadas nas costas e nádegas até dormência e fraqueza intensa/paralisia nas pernas e incontinência urinária e fecal por perda do controle dos esfíncteres, exigindo cuidados médicos imediatos.

Na grande maioria dos casos, a dor diminui em seis semanas, no entanto, a dor pode ser insuportável e dificultar a participação nas atividades e responsabilidades diárias. Para alguns pacientes, a dor pode se tornar crônica e/ou debilitante, apesar de tratamentos clínicos/conservadores adequados.

👉 A dor pode ser mais leve e limitada à região lombar se a hérnia de disco não comprimir um nervo. Se você tiver hérnia de disco lombar, poderá sentir dor que irradia da região lombar, descendo para uma ou ambas as pernas e, às vezes, até aos pés. Você pode sentir uma dor semelhante a queimação ou a um choque elétrico, seja de pé, andando ou sentado. Atividades como dobrar, levantar, tossir, espirrar, fazer força, mover o tronco e sentar podem aumentar a dor.

👉 Às vezes, a dor é acompanhada de dormência e formigamento na perna e/ou no pé. Você pode ter espasmos musculares ou cãibras nas costas ou na perna. Outras manifestações são fraqueza muscular nas pernas ou perda de reflexo no joelho ou tornozelo, podendo ainda fazer com que a pessoa manque ao caminhar.

Em casos graves, você pode sentir queda do pé (seu pé cai ou arrasta quando você anda) ou ainda perda do controle do intestino ou da bexiga.

▶️  A microdiscectomia endoscópica é atualmente a cirurgia mais comumente recomendada para hérnia de disco lombar. Esse procedimento cirúrgico é responsável por retirar a pressão da raiz nervosa e proporcionar um melhor ambiente de cicatrização para o disco. A maioria dos pacientes pode retornar ao trabalho e suas rotinas regulares em uma a três semanas.

▶️ Em casos que o paciente apresenta colapso do disco, com perda de altura deste e atrito entre as vértebras, pode ser necessário a substituição do disco intervertebral por uma prótese.

▶️  Nos casos em que a hérnia de disco está associada a instabilidade (como no caso exposto) ou espondilolistese (escorregamento do corpo da vértebra) pode ser necessário também a realização da retirada do disco com a fusão entre as vértebras, chamada de artrodese, sendo que atualmente é comum que se utilize técnicas minimamente invasivas para este tipo de cirurgia, o que também proporciona menos dor e limitação no pós operatório, diminui o risco cirúrgico e o tempo de internação, o sangramento intraoperatório, acelera a recuperação e a retomada das atividades normais do paciente.

Eventualmente é necessário realizar a complementação deste procedimento com a instrumentação por parafusos peliculares canulados percutâneos (sem necessidade de amplas incisões e abertura muscular, como na cirurgia tradicional), que é feita por via posterior, com técnicas minimamente invasivas.

Dados importantes:
🔹 70% da população brasileira com mais de 40 anos sofre de algum tipo de problema na coluna;
🔹 Os discos herniados são mais comuns em pessoas entre 30 e 40 anos, embora as pessoas de meia-idade e mais velhas tenham um risco maior se estiverem envolvidas em atividades físicas extenuantes;
🔹 A hérnia de disco lombar é uma das causas mais comuns de dor lombar associada à dor nas pernas e ocorre 15 vezes mais frequentemente do que a hérnia de disco cervical;
🔹 A atividade física regular e a corrida são benéficas para manter a saúde do disco intervertebral.
 
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