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Data: 24 de fevereiro de 2021

 
A incidência de aneurismas cerebrais na população mundial é de cerca de 2 a 3%, chegando a 5% em algumas etnias asiáticas e do norte da Europa, e a maior preocupação é que esse defeito em forma de balão da parede de artérias localizadas no cérebro tem potencial para se romper e ocasionar um acidente vascular cerebral do tipo hemorrágico, que na maioria das vezes é devastador, com altas taxas de mortalidade e de sequelas neurológicas.
 
🔹O diagnóstico precoce é um grande desafio ainda, já que muitas pessoas portadoras dessa condição não apresentam sintomas e comumente nem sabem que abrigam um aneurisma no cérebro. Alguns indivíduos vivem anos sem nem desconfiar e a detecção, muitas vezes, acontece sem querer através de exames de imagem realizados de forma rotineira ou para investigação de outras doenças.
Diante de uma descoberta de um aneurisma cerebral, é fundamental se consultar com um médico neurocirurgião para avaliar a estimativa de chance de rompimento do aneurisma cerebral.
A maioria dos aneurismas cerebrais são muito pequenos, e a depender do seu formato e localização, serão tratados conservadoramente, apenas evitando-se fatores de risco para o seu aumento e com observação periódica através da realização de exames de imagem (angiotomografia computadorizada, angiorressonância magnética ou angiografia digital cerebral). 
 
𝐄𝐬𝐭𝐚𝐭í𝐬𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐞 𝐟𝐚𝐭𝐨𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐁𝐫𝐚𝐢𝐧 𝐀𝐧𝐞𝐮𝐫𝐲𝐬𝐦 𝐅𝐨𝐮𝐧𝐝𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧:
🔹A taxa anual de ruptura é de aproximadamente 8 a 10 por 100.000 pessoas.
🔹Cerca de 30.000 pessoas nos Estados Unidos sofrem uma ruptura de aneurisma cerebral a cada ano. Um aneurisma cerebral se rompe a cada 18 minutos.
🔹As mulheres, principalmente aquelas com mais de 55 anos, têm um risco maior de ruptura do aneurisma cerebral do que os homens.
🔹Os aneurismas cerebrais são mais prevalentes em pessoas com idade entre 35 e 60 anos, mas também podem ocorrer em crianças. A maioria dos aneurismas se desenvolve após os 40 anos de idade.
🔹O tratamento de aneurismas cerebrais rompidos é muito mais caro, difícil e arriscado do que o tratamento de aneurismas não rompidos.
 
►Em média, metade dos pacientes vítimas de hemorragia cerebral por rotura de aneurisma não sobrevive até chegar ao hospital para receber atenção médica. Dos pacientes que sobrevivem em média um terço morre nas primeiras 72 horas após o sangramento em decorrência de complicações. Um terço irá permanecer com sequelas graves - que os tornará totalmente dependente de terceiros - e do terço restante, metade irá apresentar sequelas mais leves - porém que podem impactar na sua qualidade de vida. Apenas cerca de um a cada doze pacientes vítima de hemorragia cerebral por aneurisma cerebral irá sair ileso.
 
►Os pacientes que têm indicação de tratamento cirúrgico, quando a estes submetidos antes do rompimento, têm chances de cura, sem sequelas, acima de 95%.
 
►Tendo em vista esses dados, quem deve considerar a triagem de aneurisma cerebral? Principαlmente αs pessoαs que têm histórico fαmiliαr com α doençα. O risco dependerá de quantos parentes foram afetados e se eles são próximos a você. A doença dos rins policísticos, hipertensão arterial descontrolada, tabagismo, uso de drogas ilícitas e algumas doenças reumatológicas também podem predispor ao aparecimento de Aneurismas Cerebrais.
 
No próximo post, vamos falar sobre a Microcirurgia para Aneurismas Cerebrais. Não perca!
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