Publicações

Data: 01 de março de 2021


Cerca de 1 em 10.000 pessoas é portadora de um prolactinoma - um tipo de tumor benigno da glândula pituitária (também conhecida como Hipófise), formado por células produtoras de prolactina. Esta lesão é mais comum em mulheres, principalmente entre 20 a 50 anos de idade, mas pode ocorrer em ambos os sexos.

📌 A Hipófise é uma glândula localizada na base do crânio, sendo conectada ao cérebro por uma pequena haste, sendo o “comandante” de todas as glândulas produtoras de hormônios do corpo - tireoide, suprarrenais, testículos, ovários e etc. 

⚠️ A Prolactina é um dos hormônios normalmente produzidos pela Hipófise, sendo responsável por  estimular as glândulas mamárias a produzir leite, sendo que usualmente sua produção é estimulada principalmente através sucção dos bebês nas mamas. 

📌Um prolactinoma surge quando há mutações nas células normais da Hipófise, levando a multiplicação anormal destas e ao estímulo da produção excessiva do hormônio prolactina, desencadeando uma série de sintomas, de acordo com seu tamanho.

𝐌𝐞𝐧𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 1 𝐜𝐦 𝐝𝐞 𝐝𝐢â𝐦𝐞𝐭𝐫𝐨 – chamamos estes tumores de microprolactinoma (mais comuns)

𝐌𝐚𝐢𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 1 𝐜𝐦 𝐝𝐞 𝐝𝐢â𝐦𝐞𝐭𝐫𝐨 - chamamos estes tumores de macroprolactinomas

Há sinais específicos em homens e mulheres. 

Veja os sintomas que chamam atenção:

Mulheres
►Períodos menstruais irregulares ou nenhum período menstrual
►Produção de leite quando não está grávida ou amamentando
►Relações sexuais dolorosas devido à secura vaginal
►Acne e crescimento excessivo de pelos faciais e corporais

Homens
►Disfunção erétil
►Pelos faciais e corporais diminuídos
►Seios aumentados (raro)
►Baixa contagem de espermatozoides

Em ambos os sexos:
►Baixa densidade óssea
►Redução da produção de outros hormônios pela glândula pituitária
►Disfunção sexual/diminuição do desejo sexual 
►Dores de cabeça
►Distúrbios visuais
►Infertilidade

𝐓𝐫𝐚𝐭𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨: a primeira opção para o tratamento, quando não existem distúrbios visuais, é o uso de alguns medicamentos que inibem a produção da prolactina e com isto levam a diminuição dos sintomas. Porém, quando os medicamentos não conseguem restaurar o nível de prolactina e a função normal da glândula pituitária, há indicação de cirurgia para a remoção do tumor, que atualmente é feita na maior parte dos casos através de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, através de acesso endoscópico endonasal, entrando pelas narinas, sem deixar cicatrizes visíveis. 
« Voltar