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Quais são os sintomas do aneurisma cerebral?
👉 Os Aneurismas Cerebrais que ainda não sofreram rompimento são na maioria das vezes não causam sintomas.
👉 Porém, conforme um Aneurisma Cerebral aumenta de tamanho, ainda que não se rompa, dependendo de sua localização, tamanho e posição, poderá comprimir estruturas intracranianas, ocasionando alguns sintomas como por exemplo:
🔹 distúrbios visuais, como perda de visão ou visão dupla;
🔹 dor acima ou ao redor do olho;
🔹 dormência ou fraqueza em um lado do rosto;
🔹 dificuldade para falar;
🔹 dores de cabeça;
🔹 perda de equilíbrio;
🔹 dificuldade de concentração;
🔹 problemas de memória de curto prazo;
🔹 alteração dos movimentos do olho e paralisia da pálpebra superior.
🚨 O sangramento resultante no espaço ao redor do cérebro é um tipo de AVC, sendo chamado de Hemorragia Sub Aracnóidea (HSA), tendo efeitos devastadores, sendo uma das mais frequentes e graves causas do acidente vascular cerebral hemorrágico, e leva na maioria das vezes a sequelas graves ou a morte do paciente, sendo que o quadro agudo geralmente causa:
🔹 dor de cabeça extremamente intensa;
🔹 vômitos intensos – “em jato”;
🔹 perda de consciência/desmaio;
🔹 convulsões/crise epiléptica;
🔹 alteração súbita do comportamento;
🔹 confusão mental súbita;
🔹 coma;
🔹 morte súbita.
👉 Os aneurismas cerebrais ocorrem principalmente nas artérias da base do cérebro, dentro do crânio. De fato, 90% das HSAs são atribuídas a aneurismas cerebrais que se romperam.
👉 Os aneurismas variam em tamanho, de pequenos – 2 a 3mm – até 3cm. Aneurismas maiores que 2cm são chamados de aneurismas gigantes, representam um risco particularmente alto e são difíceis de tratar.
⚠ O risco de rompimento dos aneurismas cerebrais, pode variar, sendo aumentado dependendo do tamanho, localização e principalmente pelo formato do aneurisma, mas de forma geral, é de no mínimo cerca de 5% ao ano, sendo, porém, cumulativo – sendo de 5% no primeiro ano, 10% no segundo ano, 15% no terceiro ano e assim por diante – o que torna quase certo que se romperá em 20 anos.
⚠ Atualmente, praticamente todos os Aneurismas Cerebrais, uma vez diagnosticados, devem ser tratados, visto que o risco do tratamento eletivo, com o aneurisma integro e sem sangramento, seja através de Microcirurgia Vascular Intracraniana ou de Tratamento Endovascular é muito baixo, principalmente se comparado com os riscos de uma Hemorragia Sub Aracnóidea (HSA), e portanto, salvo em raras exceções, o “Aneurisma Cerebral diagnosticado é igual Aneurisma Cerebral tratado!”
🚨 Todos os anos dezenas de milhares de pessoas sofrem Hemorragias Subaracnóideas (HSA) decorrentes do rompimento de um aneurisma cerebral, sendo que em média, 50% delas tem Morte Súbita, 20 a 30% vem a falecer nos dias a semanas subsequentes em decorrência de complicações Hemorragia Sub Aracnóidea (HSA), e mais da metade dos sobreviventes apresenta sequelas, sendo estas muitas vezes graves e permanentes.
🚨 Até 6% da população pode ter um Aneurisma Cerebral, sem apresentar quaisquer sintomas, até que ele se rompa, sendo fundamental, principalmente para aqueles com casos na família ou que tenham fatores de risco, que façam exames preventivos, como uma Ressonância Magnética e uma AngioRM de Crânio.
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Dr. Marcos Perocco – Neurocirurgião
CRM/SP 110883 RQE 31707
📌 Fonte: AANS - American Association Neurological Surgeons /Life Changing Medicine/DataSUS/NHS