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Quando devemos considerar a cirurgia para epilepsia?
A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns que afeta pessoas de todas as idades. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com esse distúrbio. Neste post, vamos conversar um pouco sobre uma opção valiosa de tratamento para determinados casos – a cirurgia.
As crises epilépticas são como uma tempestade elétrica que acontece dentro do cérebro. Existem centenas de tipos diferentes de epilepsia, de casos debilitantes a tipos que podem ser facilmente controlados. A primeira estratégia de tratamento geralmente é a medicação, que não cura, mas reduz a atividade elétrica excessiva no cérebro. A questão é: Quando devemos considerar a cirurgia?
Quando as crises começam em uma área específica, a cirurgia tem maior taxa de sucesso. Em contrapartida, se as convulsões vierem de várias áreas do cérebro ou se o risco para a função cerebral for muito alto, as opções cirúrgicas podem ser mais limitadas.
Outra situação que qualifica o paciente como candidato a realizar esse procedimento, é quando os medicamentos não funcionam. Se ele já tentou dois ou três medicamentos e as convulsões ainda não são bem controladas, é importante considerar fazer a avaliação cirúrgica. Segundo as estatísticas, até 40% das pessoas com epilepsia não respondem aos medicamentos antiepiléticos.
É claro que uma cirurgia no cérebro deixa o paciente preocupado e com medo. No entanto, vale a pena considerar os benefícios de eliminar as convulsões ou limitar a gravidade dessa condição já que os avanços no campo tornaram a cirurgia de epilepsia uma alternativa mais segura e eficaz.
- Para descobrir o tipo de epilepsia, utilizamos exames neurológicos, EEG (Eletroencefalograma), VideoEEG, Ressonância Magnética e outros exames complementares.
- As convulsões geralmente começam após os 35 anos - quanto mais a idade avança, maior a probabilidade de desenvolvê-las.
- O estudo "The Rhyme and Rhythm of Music in Epilepsy", publicado recentemente na revista internacional Epilepsia Open, descobriu que uma composição de Mozart pode reduzir a frequência de crises em pacientes com epilepsia. Apesar do resultado promissor, os autores destacam que há muitas perguntas a serem respondidas e pretendem dar continuidade à pesquisa.
Procure um neurocirurgião e discuta os fatores de risco e o tratamento mais adequado.