Publicações

Você já ouviu falar na Síndrome Medular Central?

Data: 18 de maio de 2022

A Síndrome Medular Central é uma lesão traumática incompleta da medula espinal na região cervical (pescoço), causando diminuição de força/fraqueza nos braços e pernas.

⚠  Não é necessário que o paciente sofra um trauma direto da coluna ou da região cervical para que ela ocorra.
Normalmente, a lesão ocorre em decorrência de alterações degenerativas das vértebras cervicais  (ossos da coluna a nível do pescoço) causadas pelo desgaste precoce e pelo envelhecimento (doença degenerativa da coluna), e por osteoartrose/artrite. Nessa situação o canal no qual a medula espinhal percorre pode ter se tornado estreito, de modo que, quando o pescoço é estendido ou fletido subitamente ou com força, como em um acidente de carro, a medula espinhal pode ser espremida. 

🚨 Quando a medula é esmagada, é comum ocorrer hematomas, sangramento e inchaço, particularmente na região central da medula espinhal. Dessa forma, os nervos que controlam o movimento dos braços, e que cujos neurônios e fibras ficam no centro da medula, são mais afetados que os nervos das pernas, cujos neurônios e fibras que estão mais distantes da região central.  

Além da fraqueza nas extremidades superiores (braço, antebraço e mãos) e inferiores (coxas, pernas e pés), os pacientes também podem apresentar:
🔹  Falta de sensibilidade ao urinar;
🔹  Dificuldade para urinar;
🔹  Problemas para realizar tarefas cotidianas, como fechar botões ou escrever;
🔹  Dificuldade em caminhar;
🔹  Dores no pescoço.  

A Síndrome é mais comum em homens com 50 anos ou mais, no entanto, pode ocorrer em pessoas de qualquer idade.  

🚑 Existem tratamentos clínicos/conservadores e cirúrgicas para tratar esse tipo de lesão. O método clínicos/conservadores é indicado apenas quando há melhora neurológica significativa, sendo orientado a imobilização do pescoço com colar cervical rígido e reabilitação com fisioterapia e terapia ocupacional.  
A cirurgia é indicada quando há compressão significativa da medula espinhal. Com o avanço dos aparelhos de Ressonância Magnética é possível diagnosticar o quadro rapidamente e, se necessário, descomprimir a medula espinhal.  

📢   Vale ressaltar que cada caso precisa ser avaliado individualmente e analisado pormenorizadamente pelo médico neurocirurgião, que determinará a melhor forma de tratamento.  

🚩  Fonte: American Association of Neurological Surgeons
 
« Voltar