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Você já ouviu falar sobre fístula liquórica nasal?
Data: 26 de setembro de 2022A fístula liquórica nasal é uma comunicação anormal, geralmente da cavidade nasal (dentro do nariz) com a base do crânio, que é onde se encontra o Encéfalo (incluindo o Cérebro, Cerebelo e Tronco Cerebral) e as meninges que o recobrem, além do Líquido Cefalorraquidiano (LCR), também chamado de Líquor.
Essas fístulas ocorrem quando há uma ruptura ou irregularidade no osso que separa essas duas regiões, e que podem ser ocasionadas por diferentes lesões, tais como:
🔹 Trauma craniano;
🔹 Tumores de base do crânio;
🔹 Cirurgias nasais ou cerebrais;
🔹 Malformações congênitas;
🔹 Fístulas espontâneas, sem causa aparente.
🔹 Pacientes que manifestam hidrocefalia ou hipertensão apresentam maiores riscos de desenvolver o problema.
👉 Essa alteração causa o vazamento pelo nariz do Líquido Cefalorraquidiano (LCR), responsável por amortecer o Encéfalo e a Medula Espinhal contra lesões e compressões. Além disso, a fístula liquórica nasal geralmente é acompanhada de outros sintomas, como:
🔺 Dor de cabeça, que melhora ao deitar-se e piora ao sentar-se ou ao ficar em pé, podendo vir gradualmente ou de repente;
🔺 Alterações auditivas;
🔺 Sensibilidade à luz e ao som;
🔺 Rigidez e dor no pescoço;
🔺 Problemas de equilíbrio;
🔺 Mudanças na visão;
🔺 Náuseas e vômitos.
A principal complicação das fístulas é a entrada de bactérias no Sistema Nervoso Central através das aberturas que permitem a saída do LCR. Por isso, na maioria dos casos, a correção cirúrgica é indicada.
O tratamento pode ser realizado através da via nasal ou intracraniana, a depender da sua localização, com a utilização da técnica endoscópica, que, além de minimamente invasiva, apresenta benefícios para o paciente como menor tempo de hospitalização e menores riscos de complicações.